terça-feira, 25 de julho de 2017

Família denuncia parente como verdadeiro assassino de sargento em Coremas.

Comovidas, centenas de pessoas acompanharam o sepultamento do corpo do sargento José Gomes da Silva, de 47 anos, ocorrido por volta do meio-dia desta segunda-feira, 24, no cemitério de Diamante, cidade onde o policial residia com a família, mas trabalhava no pelotão em Coremas, onde foi assassinado durante uma festa em um sítio coremense, na madrugada desse domingo.
Os filhos do sargento, um casal de jovens, esposa e vários familiares acompanharam o velório e o sepultamento, que foi precedido pela celebração de uma missa de corpo presente. Dezenas de colegas de J. Gomes, tanto da PM regional quanto do Ceará, onde seu filho é policial, também acompanharam o enterro. O sargento estava na polícia havia 26 anos e, ao longo desse tempo, embora tivesse passado por muitas situações delicadas no exercício policial, perdeu a vida exatamente quando estava de folga, sem imaginar que seria atacado por um desafeto em meio a uma multidão, mas foi e terminou não resistindo aos dois tiros que sofreu.
Instantes depois do crime, policiais militares prenderam um rapaz, Damião Pereira da Silva, de 31 anos, que foi autuado e recolhido à cadeia, mas, durante a tarde desse domingo, o delegado José Pereira e sua equipe descobriram que o homem preso não tinha nenhum envolvimento com o fato e iniciaram um trabalho de investigação para identificar o verdadeiro assassino.
Nesta terça-feira, 25, a polícia teve informações que Damião Guedes de Oliveira, morador do sítio Logradouro, o mesmo onde ocorreu o crime, era suspeito de ter cometido o assassinato. Conforme um tio do acusado, em depoimento ao delegado na tarde desse domingo, ele passou por sua casa durante a madrugada pedindo apoio, pois falava que havia matado uma pessoa, mas o depoente afirmou que se recusou a dar guarita ao fugitivo, que deixou o local, inclusive levando um tênis velho do dono da casa, porque havia perdido seus sapatos durante a fuga.
A esposa do acusado também prestou depoimento ao delegado e confessou que, desde a noite anterior, o marido não aparece em casa e somente na tarde do domingo é que a mulher disse que soube que ele havia matado um policial durante a festa e estava foragido. "Ele saiu de casa dizendo que iria assistir um jogo do Flamengo, e eu nem sabia que ele teria ido pra festa, e não voltou mais para casa", comentou a mulher.
Conforme o delegado José Pereira, a polícia chegou até Damião Guedes depois que sua moto foi encontrada por populares abandonada em uma via precária do sítio onde residia. O veículo tinha as mesmas características da motocicleta apontada por testemunhas como sendo a do autor do crime, que fugiu após balear o policial. O delegado também descobriu que o acusado e a vítima haviam se desentendido durante a festa e tinham uma rixa antiga em razão de um suposto ciúme que o acusado nutria em relação ao policial por causa de uma mulher com quem Damião à epoca convivia.
O homem continua foragido, mas poderá ter a prisão preventiva decretada pela Justiça a qualquer momento, enquanto o rapaz que está preso injustamente poderá ser liberado durante audiência de custódia nesta terça-feira, 25, no fórum da Justiça de Coremas.

fonte: MaisPatos.com
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