A cantora Vanusa morreu na manhã deste domingo (8) em uma
casa de repouso em Santos, no litoral de São Paulo, onde estava morando há mais
de 2 anos. Segundo as primeiras informações obtidas pelo G1, a causa da morte
teria sido insuficiência respiratória.
Um enfermeiro percebeu que, por volta das 5h30, ela estava
sem batimentos cardíacos. Uma equipe da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) foi
acionada e constatou insuficiência respiratória como a causa da morte.
Em setembro e outubro, Vanusa esteve internada no Complexo
Hospitalar dos Estivadores, em Santos, por causa de um quadro grave de
pneumonia.
Segundo funcionários da casa de repouso, neste sábado (7),
Vanusa recebeu a visita de Amanda, a filha mais velha. Ela cantou, brincou, riu
e se alimentou bem.
Segundo a assessoria de imprensa da cantora, o filho Rafael
Vannucci está viajando para São Paulo para tratar dos trâmites do enterro e
mais informações serão repassadas no final do dia.
Sobre Vanusa
Vanusa, em foto de agosto de 2015 — Foto: Gabriela
Biló/Estadão Conteúdo/Arquivo
Vanusa, em foto de agosto de 2015 — Foto: Gabriela
Biló/Estadão
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Vanusa Santos Flores nasceu em 22 de setembro de 1947 na
cidade de Cruzeiro (SP), mas foi criada em Uberaba (MG).
Com mais de 20 discos lançados ao longo da carreira, e 3
mais de milhões de cópias vendidas, a cantora e compositora era mais
identificada com a canção popular do que com a MPB, mas flutuou entre gêneros
como rock, funk americano e samba.
Aos 16 anos, cantava com o grupo Golden Lions. Em 1966, fez
sucesso com a canção “Pra nunca mais chorar” e passou a se apresentar na TV
Excelsior. Na mesma época, participou das últimas edições do programa da Jovem
Guarda. Pouco depois, se juntou ao elenco do programa humorístico “Adoráveis
trapalhões”, com Renato Aragão.
Nos anos 1970, emendou sucessos como “Manhãs de setembro”, que
escreveu em parceria com seu parceiro frequente Mário Campanha, e baladas como
“Sonhos de um palhaço”, de Antonio Marcos e Sérgio Sá, e “Paralelas”, de
Belchior.
Em 1972, se casou com Antonio Marcos. O cantor participou
diretamente da carreira de Vanusa com outras músicas, como “Coração americano”,
escrita com Fagner.
A música faz parte de um dos melhores discos da cantora,
“Amigos novos e antigos”, lançado em 1975.
Na mesma década, ainda esteve no elenco de montagem do
musical “Hair”.
Em 1977, lançou com o cantor Ronnie Von o LP “Cinderela 77”,
trilha sonora da com o mesmo nome da TV Tupi.
Nas décadas seguintes, manteve a carreira ativa com o
lançamento de discos e participações em diversos festivais de música no país e
no exterior, como Uruguai, Coreia do Sul e Chile.
Contou sua vida na da autobiografia “Ninguém é mulher
impunemente” e no monólogo musical “Ninguém é loura por acaso”, que estreou no
teatro em 1999 em São Paulo.
Em 2005, participou ainda de eventos e shows comemorativos
dos 40 anos da Jovem Guarda.
G1