Uma campanha chamada ‘João Pessoa Nos Trilhos’ vai conscientizar a população sobre crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes nesta quinta-feira (18), durante o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. De acordo com dados do Dique 100, a Paraíba foi o 12º estado com mais denúncias de crimes sexuais contra menores de idade em 2016, totalizando 571 denúncias.
Nos dados do Disque 100, em 2016, a Paraíba contabilizou 382 denúncias por abuso sexual; uma por estupro; 148 por exploração sexual; duas por exploração sexual no turismo; dez de grooming (tentativa do adulto para conquistar a confiança da vítima); sete de pornografia infantil; oito de sexting (divulgação de conteúdo por meio de celulares); e 13 denúncias com referências a outras ocorrências.
No evento desta quarta, a partir das 7h30, na sede da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), equipes vão distribuir materiais educativos alertando à população sobre a necessidade de conscientização e denúncias sobre o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.
A ação também vai acontecer na estação de trem em Mandacaru e na estação de Cabedelo, na Grande João Pessoa.
Crimes são mais praticados por familiares
De acordo com a delegada de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude de João Pessoa, Joana Darc, grande parte dos crimes sexuais envolvendo crianças e adolescentes são praticados dentro de casa, por pessoas de confiança da vítima como pais e padrastos.
“Diferente do que a sociedade pensa, que o estupro contra menores acontece no meio da rua, temos observado muitos crimes dentro do lar da vítima, crimes cometidos por pessoas que seriam de confiança da vítima e que convivem diariamente com ela, como pais e padrastos. E isso quando acontece, quando é uma pessoa de confiança, é um choque para a família e principalmente para a vítima”, contou a delegada.
Ainda segundo a delegada, casos de crianças e adolescentes vítimas de estupro costumam vir a tona quando a vítima, por não se sentir protegida dentro de casa, comenta sobre o crime com amigos e colegas de escola. Além disso, denúncias de vizinhos também costumam contribuir para a descoberta dos abusos.
“Normalmente recebemos denúncias de amigos que ouvem o relato da vítima, de vizinhos que ouvem os abusos, de colegas da escola. Às vezes a vítima não tem coragem de contar para a família para não sofrer preconceito. É preciso que a sociedade esteja atenta e acione o Disque 100, o 197 (Polícia Civil) ou o 123, que é o disque denúncia do estado, sempre que tiver indícios de crianças e adolescentes vítimas de abuso”, disse a delegada.
A delegada também afirmou que em casos onde a vítima more com o suspeito do crime, ele não tenha sido detido ou esteja foragido, a criança ou adolescente pode ser encaminhada ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) ou Conselho Tutelar para que providenciem um local seguro.
Pais devem estar atentos
De acordo com a delegada Joana Darc, os pais devem estar atentos e acompanhar as atividades das crianças e dos adolescentes para prevenir possíveis abusos sexuais.
“Os pais precisam ter cuidados com os filhos até que eles atinjam a maior idade. Ver quem são os amigos, acompanhar a escola, mão permitir saídas noturnas fora de hora, não permitir viagens sem a presença do responsável, não permitir ida de crianças na casa de vizinhos, pois muitos abusadores se aproveitam disso para cometer o crime. Às vezes, o abuso sexual contra menores acontece pelo fato dos pais confiarem de mais em outras pessoas”, relatou a delegada.
Além disso, a delegada contou que os pais devem acompanhar constantemente as redes sociais dos filhos para evitar que abusadores online pratiquem os crimes.
“Os pais também devem manter vigilância nas redes sociais e na internet. Às vezes achamos que pelo fato dos filhos estarem dentro de casa, trancados em um quarto e no computador não existem riscos. O computador é uma das principais ferramentas dos abusadores”, concluiu a delegada.
Dados nacionais
Segundo dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, o Disque 100 recebeu mais de 37 mil casos de denúncias de violência sexual na faixa etária de 0 a 18 anos, o que corresponde a 10% das ligações feitas à central telefônica.
Ainda segundo a Ouvidoria, a maior parte das vítimas de abuso sexual contra menores são meninas, 67,69%. Já os meninos representam 16,52% das vítimas. Além disso, cerca de 40% dos casos são cometidos contra crianças entre zero e os 11 anos.
“É um crime hediondo que muitas vezes é banalizado e quase naturalizado em nossa sociedade. Por isso, realizaremos seminários técnicos, campanhas e diversas ações nos quatros cantos do país para que todos possamos compor a rede de proteção da criança e do adolescente e participar do sistema de garantia de direitos”, disse a secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Claudia Vidigal.
Nos dados do Disque 100, em 2016, a Paraíba contabilizou 382 denúncias por abuso sexual; uma por estupro; 148 por exploração sexual; duas por exploração sexual no turismo; dez de grooming (tentativa do adulto para conquistar a confiança da vítima); sete de pornografia infantil; oito de sexting (divulgação de conteúdo por meio de celulares); e 13 denúncias com referências a outras ocorrências.
No evento desta quarta, a partir das 7h30, na sede da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), equipes vão distribuir materiais educativos alertando à população sobre a necessidade de conscientização e denúncias sobre o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.
A ação também vai acontecer na estação de trem em Mandacaru e na estação de Cabedelo, na Grande João Pessoa.
Crimes são mais praticados por familiares
De acordo com a delegada de Repressão aos Crimes Contra a Infância e a Juventude de João Pessoa, Joana Darc, grande parte dos crimes sexuais envolvendo crianças e adolescentes são praticados dentro de casa, por pessoas de confiança da vítima como pais e padrastos.
“Diferente do que a sociedade pensa, que o estupro contra menores acontece no meio da rua, temos observado muitos crimes dentro do lar da vítima, crimes cometidos por pessoas que seriam de confiança da vítima e que convivem diariamente com ela, como pais e padrastos. E isso quando acontece, quando é uma pessoa de confiança, é um choque para a família e principalmente para a vítima”, contou a delegada.
Ainda segundo a delegada, casos de crianças e adolescentes vítimas de estupro costumam vir a tona quando a vítima, por não se sentir protegida dentro de casa, comenta sobre o crime com amigos e colegas de escola. Além disso, denúncias de vizinhos também costumam contribuir para a descoberta dos abusos.
“Normalmente recebemos denúncias de amigos que ouvem o relato da vítima, de vizinhos que ouvem os abusos, de colegas da escola. Às vezes a vítima não tem coragem de contar para a família para não sofrer preconceito. É preciso que a sociedade esteja atenta e acione o Disque 100, o 197 (Polícia Civil) ou o 123, que é o disque denúncia do estado, sempre que tiver indícios de crianças e adolescentes vítimas de abuso”, disse a delegada.
A delegada também afirmou que em casos onde a vítima more com o suspeito do crime, ele não tenha sido detido ou esteja foragido, a criança ou adolescente pode ser encaminhada ao Ministério Público da Paraíba (MPPB) ou Conselho Tutelar para que providenciem um local seguro.
Pais devem estar atentos
De acordo com a delegada Joana Darc, os pais devem estar atentos e acompanhar as atividades das crianças e dos adolescentes para prevenir possíveis abusos sexuais.
“Os pais precisam ter cuidados com os filhos até que eles atinjam a maior idade. Ver quem são os amigos, acompanhar a escola, mão permitir saídas noturnas fora de hora, não permitir viagens sem a presença do responsável, não permitir ida de crianças na casa de vizinhos, pois muitos abusadores se aproveitam disso para cometer o crime. Às vezes, o abuso sexual contra menores acontece pelo fato dos pais confiarem de mais em outras pessoas”, relatou a delegada.
Além disso, a delegada contou que os pais devem acompanhar constantemente as redes sociais dos filhos para evitar que abusadores online pratiquem os crimes.
“Os pais também devem manter vigilância nas redes sociais e na internet. Às vezes achamos que pelo fato dos filhos estarem dentro de casa, trancados em um quarto e no computador não existem riscos. O computador é uma das principais ferramentas dos abusadores”, concluiu a delegada.
Dados nacionais
Segundo dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos, o Disque 100 recebeu mais de 37 mil casos de denúncias de violência sexual na faixa etária de 0 a 18 anos, o que corresponde a 10% das ligações feitas à central telefônica.
Ainda segundo a Ouvidoria, a maior parte das vítimas de abuso sexual contra menores são meninas, 67,69%. Já os meninos representam 16,52% das vítimas. Além disso, cerca de 40% dos casos são cometidos contra crianças entre zero e os 11 anos.
“É um crime hediondo que muitas vezes é banalizado e quase naturalizado em nossa sociedade. Por isso, realizaremos seminários técnicos, campanhas e diversas ações nos quatros cantos do país para que todos possamos compor a rede de proteção da criança e do adolescente e participar do sistema de garantia de direitos”, disse a secretária Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Claudia Vidigal.
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