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Evo Morales renunciou neste domingo (10) ao cargo de
presidente da Bolívia, após uma escalada nas tensões no país. O anúncio foi
feito em rede nacional, pela televisão.
O vice-presidente, Álvaro García Linera, também apresentou a
renúncia.
"Decidi, escutando meus companheiros, renunciar ao meu
cargo da presidência", disse Evo.
Logo em seguida, ele atacou seus opositores Carlos Mesa e
Luis Fernando Camacho.
"Por que tomei essa decisão? Para que Mesa e Camacho
não sigam perseguindo meus irmãos dirigentes sindicais. Para que Mesa e Camacho
não sigam queimando a casa dos governadores de Oruro e Chuquisaca."
Evo ainda classificou a situação como um golpe:
"Lamento muito esse golpe cívico, e de alguns setores
da polícia que se juntaram para atentar contra a democracia, contra a paz
social com violência, com amedrontamento para intimidar o povo boliviano."
Depois de acusar a oposição de atos violentos, ele terminou:
"Por essas e muitas razões, estou renunciando, enviando a minha carta
renúncia à Assembleia Legislativa Plurinacional da Bolívia. Muito
obrigado".
No fim da noite, Evo postou em rede social que um
"oficial da polícia anunciou publicamente que recebeu instruções para
executar um mandado de prisão ilegal" contra ele. "Grupos violentos
assaltaram minha casa. O golpe destrói o estado de direito", denunciou.
Evo havia dito, mais cedo neste domingo (10), que convocaria
novas eleições, após a Organização dos Estados Americanos, OEA, divulgar que as
eleições de 20 de outubro haviam sido fraudadas. Ele lembrou isso em seu
pronunciamento de renúncia: "De manhã cedo estivemos reunidos com alguns
ministros e decidimos, inclusive, renunciar ao nosso triunfo para que novas
eleições ocorram em toda a amplitude".
Não está claro como vão acontecer as novas eleições e nem se
ele mesmo será candidato. Mais cedo, ao anunciar a nova votação, Evo disse que
elas são importantes para que o povo boliviano possa eleger novas autoridades,
"incorporando novos atores políticos".
Fonte G1
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